photo4947643428838156352.jpg
Foto: Isabelle Medeiros


Por Lourdes Rieiro e Matheus Teixeira
Da Página do MST


O Sul de Minas traz uma grande diversidade de produção agroecológica e agro-industrializados para o II Festival Estadual de Arte e Cultura da Reforma Agrária, que acontece em Belo Horizonte nos dias 14 a 16 no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. Inclusive, o famoso café Guaií, símbolo de resistência contra as multinacionais, um café sustentável e popular. 


Além disso, trouxemos a cozinha da terra com muita comida gostosa do jeito que o mineiro gosta, vários artesanatos,fitoterápicos, sabonetes, uma grande diversidade de xaropes, doces e geleias, tudo feito pelo Coletivo de Mulheres Raízes da Terra. 


É possível ter acesso a uma grande diversidade de produtos saudáveis e sem veneno, como mel, amendoim, milho de pipoca, farinha, legumes, tubérculos, entre outros. 


"O festival é sinônimo de muita luta, é onde nós podemos trazer a nossa produção para toda a sociedade mineira, é importante estar aqui, mostrar nossa grande conquista que é o apoio do povo, mostrar que mesmos em tempos difíceis seguimos produzindo fazendo arte e resistindo", conta Tuíra Tule do setor de produção. 

photo4947681765716240415.jpg
Foto: Tassio Lopes - Ninja


Um pouco de história


Com histórico de muita luta e resistência, a regional MST no Sul de Minas Gerais teve sua primeira ocupação realizada entre 1997 e 1998 nas terras da antiga fazenda Jatobá em Campo do Meio, onde mais tarde veio a se tornar o assentamento Primeiro do Sul, onde são assentadas cerca de 40 famílias. 


Depois de conquistar sua primeira área na região, o MST segue organizando as famílias que buscam concretizar os seus sonhos, conquistar a terra enfrentando grandes latifundiários no primeiro passo para construção da Reforma Agrária Popular. Sendo assim, no final de 1998, a regional organiza mais uma ocupação, desta vez na antiga usina Ariadnópolis que hoje é o Quilombo Campo Grande, uma ocupação com 11 acampamentos. 


Com mais de 450 famílias o acampamento passou recentemente por uma liminar de despejo expedida para o início de dezembro de 2018, mostrando toda a força, resistência e solidariedade dos trabalhadores e trabalhadoras dos movimentos populares. A liminar de reintegração de posse foi adiada por tempo indeterminado, garantindo por essa vez a moradia e sobrevivência das famílias.


Como a luta não para, em 2006 mais um acampamento foi criado em Guapé, com 49 famílias hoje assentadas e construindo uma outra perspectiva de vida. Em 2009 uma nova área da União foi ocupada no município de Campo do Meio, agora com 13 famílias assentadas que também produzem e garantem sua sobrevivência.


*Editado por Iris Pacheco