Amanhecer com Marielle_Pablo Vergara 003.jpg
Amanhecer por Marielle no Rio de Janeiro. Foto: Pablo Vergara


Da Página do MST*


Após um ano da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Pedro Gomes, muitas cidades realizaram homenagens em memória ao legado da vereadora. Movimentos populares, organizações sociais e parlamentares cobram uma posição: quem mandou matar Marielle?


Indícios apontam que assassinos de Marielle e Anderson estão ligados a milícias do Rio de Janeiro e, mesmo com a prisão de dois suspeitos na última terça-feira (12), ainda não foram divulgadas explicações concretas sobre a motivação do crime.


Diante disso, as mulheres Sem Terra realizam até o final do mês de março, mais uma Jornada Nacional de Luta pelas Mulheres, cujo lema consiste em uma homenagem a vereadora: “Pela vida das mulheres, somos todas Marielle!”.
 

Rio de Janeiro 


Manifestantes cobriram calçadas e paredes com imagens e flores em três principais pontos da cidade: no local do crime, no centro do Rio; nas escadarias da Câmara dos Vereadores e no Complexo da Maré. Os Arcos da Lapa também amanheceram com uma faixa em memória à vereadora, enquanto a igreja da Candelária realizou uma missa em sua memória.

Ato Marielle_Misa na Candelaria_14-3_Pablo Vergara012.jpg
Missa na Candelaria. Foto: Pablo Vergara


Minas Gerais 


Cerca de 400 mulheres do MST e do MAM (Movimento Pela Soberania Popular na Mineração) pararam o trem que transporta  minério de ferro próximo a Sarzedo, cidade vizinha à Brumadinho.


Para dispersar a manifestação a polícia usou de violência atirando balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio.

MG3.jpeg
Ato de mulheres do MST e MAM em Minas Gerais. Foto: Geanini Hackbardt


São Paulo 


O dia amanheceu com a reunião de parte das 1.100 famílias do acampamento ‘Marielle Vive!’, em Valinhos (confira a reportagem completa aqui). Mulheres do campo popular, MST, MAM, Levante Popular da Juventude e Consulta Popular realizaram uma intervenção política com poesia e rebeldia à noite, no ato na Av. Paulista em memória a um ano do brutal assassinato de Marielle Franco.

Foto: Guilherme Gandolfi.jpeg
Ato político na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Guilherme Gandolfi


Paraná 


Integrantes do MST desenvolveram no hemocentro do Hospital Universitário de Londrina uma campanha de doação de sangue como forma de protesto. Em Curitiba, camponeses do MST e militantes do Congresso do Povo realizaram limpeza e revitalização de horta em uma creche e ações dem várias comunidades da cidade, incluindo a inauguração do bosque Marielle Vive.

Curitiba.jpeg
Bosque Marielle Vive, em Curitiba - PR.


Bahia


Na cidade de Itaberaba, 250 mulheres de todas as regiões da Chapada Diamantina caminharam  pelas ruas do centro com faixas e cartazes; Juazeiro da Bahia também contou com cerca de 250 mulheres nas ruas reivindicando o direito pela vida das mulheres e lembraram de Marielle; em Eunápolis, no extremo sul da Bahia, Mulheres Sem Terra marcharam pelo centro da cidade demandando justiça; em Itabuna, 100 mulheres de diversos movimentos e organizações populares ocuparam as ruas da cidade pela memória de Marielle Franco e em denuncia a violência contra mulher. No ano passado a cidade foi considerada a segunda cidade mais perigosa para as mulheres baianas.


Maranhão

A Universidade Estadual do Sul do Maranhão (UEMASUL) sediou uma plenária articulada pelo Fórum de Mulheres homenagem a Marielle, na cidade Imperatriz, segunda maior cidade do estado.


Alagoas 

Houveram manifestações em memória a Marielle em Alagoas na cidade de Delmiro Gouveia, no sertão do estado e no acampamento Dandara, na capital Maceió.

Piauí-Maceió - Fotos: Josian Paulino.jpeg
Acampamento Dandara, em Maceió, capital do Alagoas. Foto: Josian Paulino


O exemplo de luta de Marielle serviu de inspiração não só para relembrar seus projetos de um país melhor, mas também abriu precedentes para a discussão de demandas atuais.


Em muitas destas manifestações foram levantadas outras pautas que afetam as mulheres em todo o país, principalmente as negras e periféricas, como o desmonte da Previdência, o feminicídio no Brasil e os retrocessos do governo Bolsonaro.


Brasília

No Distrito Federal, parlamentares do PSOL organizaram um ato na Câmara dos Deputados em conjunto com deputados de partidos como PT, PCdoB e PSB. Todos ressaltaram a importância da ação pelo fim da impunidade deste crime, além de destacar a conjuntura atual e debater sobre o futuro do campo democrático-popular.

ITABUNABA.jpeg
Itabuna (BA)

 

 

*Esse balanço é preliminar e será atualizado de acordo com a chegada de informações. 

**Para ver mais fotos e vídeos sobre os atos em todo Brasil, acesse as nossas redes oficiais no Facebook, Twitter e Instagram