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Por Geanini Hackbardt
Da Página do MST


O Acampamento do MST localizado na Fazenda São José - Liberdade, parte do complexo de Fazendas Reunidas HD, em Coronel Pacheco, foi atacado nesta segunda-feira (17), pelo proprietário, apoiado pela Polícia Militar de Minas Gerais.


Após passar com um trator até a parte de trás das moradias, na última sexta-feira (14), ele ateou fogo no capim seco, colocando em risco as 350 famílias acampadas no local. Crianças, mulheres e idosos passaram o dia em meio à fumaça criada pelo incêndio. 


Enquanto isso,  a polícia militar cercou o local com armas em punho, numa clara expressão de ameaça, enquanto elas tentavam conter o fogo.

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De acordo com Tamires Gomes, coordenadora da área, ”o intuito é intimidar as famílias, provocá-las, para que deixem a luta pela terra. Desde que a área foi ocupada, centenas de pessoas procuram o movimento para se somar, porque a cidade deixou de apresentar perspectiva de vida a elas”, explica.


Já Nei Zavaski, da direção estadual do MST, avalia que: “no momento de crise e desemprego a ocupação de terras e a produção de alimentos saudáveis não só é legítima como necessária”.


Ele ressalta ainda que: ”a violência no campo caminha a passos largos em Minas Gerais e é urgente que o Governo do Estado controle as suas forças de segurança e faça uma moratória aos despejos de famílias sem terra”, exige o dirigente.


O complexo HD possui mais de 2700 hectares somente no município de Coronel Pacheco, um atraso para a cidade, que tem grande potencial para desenvolvimento da agricultura familiar e produção de alimentos agroecológicos, devido à vizinhança com o Assentamento Denis Gonçalves, de 150 famílias, e a proximidade de polos de mercado como Juiz de Fora e Rio de Janeiro.