Da Página do MST 


A primeira turma do curso superior de Agronomia do Instituto Educar, situado no assentamento da antiga Fazenda Annoni, em Pontão, na região Norte do Rio Grande do Sul, passou a se chamar Enio Guterres.


O nome do engenheiro agrônomo foi escolhido porque os educandos se identificaram com o legado e a trajetória politica do educador popular, que dedicou sua vida ao estudo de maneiras de viabilizar a produção agroecológica com os camponeses.


“Guterres sempre se preocupou com a permanência dos agricultores no campo e com a produção de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos, que foram algumas das lutas que travou. Ele sempre denunciava os riscos à saúde humana do uso indiscriminado de venenos nas lavouras do agronegócio”, explica o educando Elias Santos.


A escolha ocorreu de forma coletiva e democrática, após os próprios alunos sugerirem e estudarem nomes de lutadores populares. Todos foram avaliados pela turma, que é formada por 46 educandos de 10 estados brasileiros.


“O nome de Enio Guterres será levado na vida politica e profissional de cada educando. Ele, que foi um militante e cientista e dedicou sua vida na luta junto aos trabalhadores, agora será parte da identidade politica e coletiva da turma, que o escolheu conforme os seus objetivos dentro do curso”, acrescenta o educador Gerônimo Pereira, da coordenação pedagógica da escola.


A primeira turma de Agronomia ingressou no Instituto Educar em abril de 2014 e sua formatura será no ano de 2019. O curso superior é oferecido por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), numa parceria entre o MST e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).